JOVENS POR UM MUNDO UNIDO

JOVENS POR UM MUNDO UNIDO
Movimento dos Focolares

Nós Jovens por um Mundo Unido nos empenhamos, onde vivemos, estudamos, trabalhamos, para responder às necessidades de pessoas e de grupos iniciando atividades e obras no campo social, da cultura, do esporte, da mídia. Procuramos atingir o objetivo de criar, por toda parte “fragmentos de fraternidade”, para chegar ao mundo unido, à paz!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Economia de Comunhão na África: desejo de futuro



Conclusão da Conferência Internacional sobre Economia de Comunhão e da Escola EdC pan-africana, em Nairobi (Quênia)
Concluiu-se, com a criação do “Centro de Estudos” para a economia, a Conferência Internacional sobre a Economia de Comunhão (EdC), promovida pela Universidade Católica da África Oriental (CUEA, na sigla em inglês) e o Movimento dos Focolares, realizada em Nairobi (Quênia), de 26 a 28 de janeiro passado, sobre o tema “Economia de Comunhão: um novo paradigma para o desenvolvimento da África”. O Centro entrará em atividade já em julho de 2011, com o primeiro curso.

Havia grandes esperanças e expectativas entre os mais de 300 participantes, diante desta primeira apresentação do projeto EdCno continente africano. A conferência reuniu economistas e especialistas de diversas disciplinas, de vários países africanos, estudiosos, empresários e agentes sociais provenientes dos Estados Unidos, Filipinas e vários países da Europa.

O professor Luigino Bruni – docente de Economia Política na Universidade Milão-Bicocca e no Instituto Universitário Sophia de Loppiano (Florença – Itália) – responsável pelo projeto a nível mundial, apresentou a EdC, nascida do carisma da unidade doado por Chiara Lubich à Igreja. A EdC encontrou sustento e estímulo também graças à menção na encíclica “Caritas in veritate” (n. 46).
“Um verdadeiro desenvolvimento para a África deve trazer consigo a espiritualidade de comunhão, a preocupação pelos outros e a solidariedade com os necessitados”, afirmou o vice-reitor da CUEA, prof. Maviiri, na abertura. “As ideias inovadoras, nesta conferência, oferecem grandes esperanças e oportunidades para o desenvolvimento humano, num continentes onde cerca de 60% das pessoas continua a viver abaixo do nível de pobreza”, concluiu Kiflemariam Abraham,professor na mesma universidade. Esteve presente também o núncio apostólico no Quênia,arcebispo Paul Alain Lebeaupin, que afirmou: “Estou satisfeito que o Movimento dos Focolares tenha podido apresentar esta mensagem da EdC, que o Papa considera muito”.
Geneviève A. Sanze, especialista em ética empresarial e desenvolvimento sustentável, enfrentou com lúcida racionalidadeos desafios que a África tem diante de si.

As experiências concretas de empresários e economistas, do mundo inteiro, tiveram um espaço de destaque. Como Teresa Ganzon, administradora do Banko Kabayan (Filipinas), do setor de microcrédito, muito sentido na África, ou John Mundell (USA), presidente da Mundell & Associates, que vive, dia a dia, num ambiente fortemente competitivo.
Nos dias precedentes, de 23 a 25 de janeiro, na Mariápolis Piero, em Kalinoni (Nairobi), realizou-se a primeira “Escola de Economia de Comunhão”, para jovens que aspiram tornarem-se empresários, provenientes especialmente da África. “De todos os que me recordo, este foi um dos eventos mais fortes da EdC”, afirmou o prof. Luigino Bruni na conclusão.
Dentre os resultados da Escola pan-africana, elencamos:

  • Foram colocados os alicerces do futuro polo industrial na Mariápolis Piero, para o qual já existem 15 sócios e os recursos iniciais. Os polos empresariais constituem um dos elementos básicos da intuição sobre a EdC. Eles são erigidos nas proximidades das Mariápolis permanentes, de modo a manter sempre vivo o espírito do projeto. Trata-se de uma concentração de empresas, um laboratório visível e uma referência, ideal e também operativa, das empresas EdC. Atualmente existem sete polos constituídos: Argentina, Itália, Brasil (2), Croácia, Bélgica e Portugal, e três em fase de construção: Brasil (Benevides – PA), Filipinas e Alemanha.
  • Cerca de dez empresários africanos aderiram à Economia de Comunhão, com a própria empresa.
  • Alguns projetos concretos: como o ingresso do Banko Kabayan no Burundi, como parceiro num programa de microcrédito, dando início assim à sua primeira atividade fora das Filipinas.
“Aqui as pessoas querem viver” – declarou Luigino Bruni no fim da Escola – “Impressionou-me ver como os jovens gostam de estudar. Entrar numa faculdade, para eles, é a conquista da vida, porque significa futuro. Se veem os jovens estudando à noite, embaixo dos lampiões públicos, porque nem todos tem luz elétrica em casa… sem este desejo e fome de futuro o nosso movimento não pode crescer”.
Site oficial da Economia de Comunhão: www.edc-online.org/pt

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