Trezentos estudiosos de todo o mundo, pertencentes a
várias áreas disciplinares, reuniram-se durante três dias num encontro
sobre a antropologia que emerge do carisma da unidade e da experiência
mística de Chiara Lubich.


Estes são só alguns dos rostos e das vozes dos trezentos participantes, provenientes de 26 países (também da África, do Médio Oriente e da Austrália), representantes de diversas disciplinas, que se reuniram nos últimos dias em Itália, em torno do centro interdisciplinar de estudos do Movimento dos Focolares, fundado por Chiara Lubich em 1990 e que tem o nome de Escola Abba.
O objectivo deste centro de estudos é aprofundar, a nível científico, as intuições originárias do carisma da unidade, ligadas à experiência mística vivida por Chiara Lubich, no verão de 1949. Com uma metodologia própria: a “imersão” completa de cada um no pensamento do outro, para chegar a penetrar as razões e o património cultural de cada um, e assim “pensar” iluminados pela presença de Jesus no meio daqueles que se reuniram em seu nome (Mt 18,20).
É, portanto, a partir deste “método” que se funda a experiência cultural original dos 300 participantes, com um background muito diverso, sendo cristãos de diferentes Igrejas e de 22 áreas disciplinares: literatura e artes plásticas, arquitetura e direito, medicina e política, psicologia e ciências da comunicação, economia, pedagogia e ciências naturais, sem nomear as todas as disciplinas ligadas à área filosófica e teológica e aos diálogos ecuménico e inter-religioso.

Outras reflexões originais tocaram o aspecto linguístico, com Maria Caterina Atzori “Da linguagem à antropologia de Chira Lubich”, o aspecto económico, com Luigino Bruni e os seus “Elementos sobre a ideia de sujeito agente de ralação em economia”, e também o aspecto artístico, com a compositora Thérèse Henderson: “A criatividade da pessoa, eco da criatividade de Deus”. Só para citar algumas das reflexões propostas. Os painéis foram intervalados com momentos de reflexão em grupo, quer interdisciplinares quer por áreas temáticas.

Uma proposta verdadeiramente acessível a todas as culturas? Philippe Hu, chinês de Hong Kong, docente de linguística geral na Fu-Jen University de Taiwan, nos últimos meses dedicou-se à tradução de alguns textos de Chiara Lubich de 1949. “É acessível, mas requer um método. O método é o que se pratica nesta comunidade de estudiosos. Assim dá-se o milagre de nos entendermos. Isto os chineses também compreendem e apreciam”. A composição internacional e multicultural da plateia confirmam-no.
Fonte: http://www.focolare.org/articolo.php?codart=7962&lingua=PT
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