JOVENS POR UM MUNDO UNIDO

JOVENS POR UM MUNDO UNIDO
Movimento dos Focolares

Nós Jovens por um Mundo Unido nos empenhamos, onde vivemos, estudamos, trabalhamos, para responder às necessidades de pessoas e de grupos iniciando atividades e obras no campo social, da cultura, do esporte, da mídia. Procuramos atingir o objetivo de criar, por toda parte “fragmentos de fraternidade”, para chegar ao mundo unido, à paz!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Percursos comuns para a fraternidade

No domingo 31 de Outubro, a cidadela internacional do Movimento dos Focolares acolheu 600 pessoas, entre muçulmanos e cristãos, sob o signo do diálogo e da comunhão.
 01/11/2010


Uma jornada nacional promovida pelo Movimento dos Focolares e pelas Comunidades Islâmicas da Itália, “para mostrar a possível convivência e integração, em resposta à intolerância e à defesa radical da identidade, que percorrem as nossas cidades.”

Presentes 600 muçulmanos e cristãos provenientes de todo o território italiano. Cerca de cinquenta personalidades presentes das duas religiões, entre as quais cerca de vinte altos representantes e Imã em representação das respectivas comunidades espalhadas por toda a Itália. Numerosos os jovens e as crianças, estas com um programa à parte para elas. “Mãe, já estamos mortos? - perguntava um menino num encontro semelhante, há alguns anos atrás em Nova Iorque - “Porque é que me fazes essa pergunta?”, retorquiu a mãe. E ele: “Porque me parece que já estou no Paraíso”. Para os que estavam em Loppiano a pergunta não teria parecido infantil, dado o clima de fraternidade, “de um outro mundo”, que se respirava. No entanto, foram abordados problemas graves que impregnam a nossa sociedade.
“O objetivo da jornada – explicaram Luísa Gennaro e Mário Ciabattini, dos Focolares – é de dar mais um passo no caminho percorrido até hoje. O passo de nos sentirmos uma única família, porque nascemos irmãos, mas agora sabemos que também é possível tornarmo-nos irmãos”. A resposta do imã Kamel Layachi (Comunidades Islâmicas do Veneto) foi imediata: “O amor é a base da união dos corações, este é o ponto de chegada e de partida.”

Shahrzad Houshmand, teóloga iraniana e moderadora da mesa redonda “Os desafios do diálogo”, exortou: “há anos que sonhávamos com este dia, em que nós, muçulmanos e cristãos da Itália, pudéssemos encontrarmo-nos para juntos construirmos o futuro do país.” Seguiram-se as intervenções de vários participantes: Paul Le Marié, dos Focolares, “Deus ama-nos imensamente, assim se iniciou a experiência dos Focolares”. Izzidin Elzir, imã de Florença e Toscana: “O dialogo com os Focolares começou há 20 anos no Centro Internacional La Pira, e hoje vemos os resultados aqui”. Judith Povilus, vice-presidente do Instituto Universitário Sophia: “O diálogo é uma dimensão profundamente antropológica, como é também uma dimensão transcendental”. Adnane Mokrani, teólogo muçulmano, docente da Pontifícia Universidade Gregoriana: “Está ligado à essência do ser muçulmano, o diálogo. Crer que Deus é Um, a Sua unicidade, significa crer no gênero humano único.” Roberto Catalano, do Centro para o Diálogo Inter-religioso dos Focolares: “Eu não posso continuar a ser italiano sem cada um de vocês. Para nós, focolarinos, é importante a fraternidade, mas a universal, aberta precisamente a todos e ao mundo inteiro”. E conta como iniciou o diálogo do Movimento dos Focolares na Argélia, nos anos 60, depois no Líbano, onde nasceu uma escola numa aldeia que acolheu, durante a guerra, muçulmanos e cristãos. “Nasceu uma fraternidade contagiosa que durante o conflito de 2006, deu hospitalidade a milhares de refugiados das duas religiões, que conviveram durante um longo período.” Surgiram algumas respostas, como antídotos ao “medo do diferente”; o dialogo inter-religioso não é um “optional”, mas uma necessidade primária.

Muitos foram os testemunhos concretos de diálogo na vida quotidiana: “No Triveneto, onde moramos, mas não só, vive-se um caminho de amizade em direção a uma verdadeira fraternidade. O diálogo da vida entrou nas nossas casas, chegou aos nossos filhos... Hoje colocamos um marco miliário neste caminho.”

Numerosas foram as mensagens que chegaram: de Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, “confiemos a Deus este nosso caminho em conjunto, para que seja um dom para o nosso país”; do bispo Mansueto Bianche, encarregado da Conferência Episcopal Italiana para este diálogo, “as nossas palavras e os nossos testemunhos devem pôr-se de acordo em defesa da vida humana e da abertura à transcendência”; dos presidentes dos municípios de Florença, de Pádua, de Rocca di Papa (presente na sala), entre outros.

As palavras de Chiara Lubich, durante uma vídeo-conferência, a 12 de Novembro de 2000, em Washington, defronte a 6 mil pessoas, encontraram um forte acolhimento naquele clima: “Se vivermos os nossos ensinamentos nascerá entre nós uma comunhão em Deus. Aqui, nós hoje somos uma só coisa. Juntos devemos levar esta revolução pacífica em benefício da fraternidade universal.
Fonte: http://www.focolare.org/articolo.php?codart=7917&lingua=PT

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