“Só é aproveitada com inteligência a vida de quem leva o Evangelho
no coração, todos os dias de sua existência. E encontra seu supremo
ideal encarnando as Palavras do Céu. Vivendo a Palavra de vida na
vontade de Deus, momento por momento, sou a Palavra viva, a viva
expressão do amor.
Do nosso dia, valerá o que, durante ele, tivermos “assimilado” da Palavra de Deus.
Se
escolhemos Deus como ideal [de vida] - e essa é a nossa identidade -,
se O colocamos em primeiro lugar, isso requer praticamente que
coloquemos em primeiro lugar em nosso coração a Sua Palavra, a Sua
vontade. Ela deve emergir sobre tudo o mais. Diante dela, todas as
outras coisas, de certo modo, devem tornar-se indiferentes, com aquela
santa indiferença a que alguns santos se referem. Em nossa vida, não
deve ter tanta importância, por exemplo, ser sadios ou doentes, estudar
ou servir, dormir ou rezar, viver ou morrer. O importante é viver a
Palavra, ser Palavra viva.
Vivendo o momento presente, vivo todo o Evangelho.
Se
a Escritura ensina a fazer bem as pequenas coisas, é justamente essa a
característica de quem não faz outra coisa, com todo o coração, senão
aquilo que Deus lhe pede no presente. Se alguém vive no presente, Deus
vive nele, e se Deus está nele, nele está a caridade. Quem vive o
presente é paciente, é perseverante, é manso, é pobre de tudo, é puro, é
misericordioso, porque possui o amor em sua expressão mais alta e
genuína; ama realmente a Deus com todo o coração, com toda a alma, com
todas as forças; é iluminado interiormente, é guiado pelo Espírito
Santo e, portanto, não julga, não pensa mal, ama o próximo como a si
mesmo, tem a força da loucura evangélica de oferecer a outra face, de
caminhar duas milhas…
Quem vive o presente está no Cristo
Verdade. E isso sacia, sacia a alma que sempre anseia possuir tudo em
cada momento de sua vida.” (SER A TUA PALAVRA, Chiara Lubich, Ed. Cidade Nova, pg. 55-57).
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