História de Christopher Amaya, panamiano de 17
anos, com o “dom ser pessoa”, morto em circunstâncias trágicas. Deixa
atrás de si, como exemplo para muitos jovens, um rasto de amor vivido.
10/11/2010
No sábado passado, 4 de Novembro, teve lugar o funeral de Christopher, com a presença de mais de 600 pessoas.
Christopher era um gen3 de 17 anos e um dos animadores do “Clube do
Dar”, um projeto educativo mantido pelo Movimento Juvenil para a
Unidade, em várias escolas do Panamá.
Christopher foi vítima de um
roubo no passado dia 31 de Outubro: regressava a casa quando um ladrão o
apunhalou no peito para lhe roubar o telefone. Pouco antes de morrer,
conseguiu falar com a sua mãe e, mesmo consciente de estar próximo da
sua partida para o céu, procurou tranquilizá-la com um sorriso.
A sua vida, apesar de breve,
tinha-o preparado para este momento. Estava sempre disponível quando era
preciso ajudar alguém, o seu sorriso era uma característica que nunca
faltava.
A mãe conta que ela não era
crente, e que foi o Christopher a dar-lhe a fé e a inseri-la na vida da
paróquia; além disso, ele era o ponto de referência e de apoio para os
pais, mesmo depois de se terem separado.
Em 2005, entrou em contato com o
“Clube do Dar” e, imediatamente, quis entrar a fazer parte, tornando-se
num dos membros mais empenhados em desenvolver várias iniciativas para
difundir a cultura do dar e ajudar os mais pobres. Ao fim de um ano de
experiência, recebeu o cartão de membro do clube, numa cerimónia
oficial. Para ele foi uma grande alegria, revestida, no entanto, pela
seriedade e pela consciência de ter feito uma escolha para a vida. Esforçava-se por viver o Evangelho juntamente com os outros gen3 da sua cidade.
O seu funeral, apesar da grande dor, desenrolou-se em clima de festa. Eram
muitíssimos os jovens, que tinham preparado canções, vídeos e cartazes,
para além disso, todos os presentes – membros do movimento dos
focolares, dos salesianos, paroquianos, colegas de escola e amigos –
estavam conscientes que Christopher continuava a sorrir-lhes do céu e
estava a passar-lhes a chama do amor radical a Deus e ao próximo.
Podia-se escrever muitíssimos
episódios para contar a vida, sempre em doação, de Christopher, tanto
que a Imprensa nacional quis sublinhar esta sua característica
escrevendo que ele tinha o “dom de ser pessoa”. Os seus colegas
organizaram uma manifestação em favor da não-violência, com a presença
do ministro da Educação, Lucy Molinar, que apresentou o Christopher como
um modelo para os jovens de hoje. Também outros jornais falaram dele e
duas cadeias de televisão foram à sua escola durante a manifestação.
A presidente dos Focolares, Maria Voce,
escreveu à mãe do Christopher para lhe assegurar, em nome de todos,
orações e proximidade. Além disso, recordando que ainda há pouco tempo
tinha sido beatificada uma outra jovem do movimento, Chiara Luce Badano,
adiantava que “com estes acontecimentos,
parece que o Senhor quer pôr em evidência os exemplos dos jovens que
fizeram uma escolha radical d'Ele, no mundo de hoje, tão agitado”.
Christopher deixa atrás de si um rasto de amor concreto e muitos jovens empenhados em seguir o seu exemplo.
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