JOVENS POR UM MUNDO UNIDO

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Movimento dos Focolares

Nós Jovens por um Mundo Unido nos empenhamos, onde vivemos, estudamos, trabalhamos, para responder às necessidades de pessoas e de grupos iniciando atividades e obras no campo social, da cultura, do esporte, da mídia. Procuramos atingir o objetivo de criar, por toda parte “fragmentos de fraternidade”, para chegar ao mundo unido, à paz!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Itália: Igreja traça prioridades sociais

Itália: Igreja traça prioridades sociais

Itália: Igreja traça prioridades sociais

Mais de 1200 delegados, vindos de 227 dioceses, debateram situação do país

 
Política, educação, imigração, trabalho e desenvolvimento – estes foram os assuntos que dominaram a sessão temática que encerrou a 46ª Semana Social dos Católicos Italianos.
Uma iniciativa que discutiu, entre 14 e 17 de Outubro, “uma agenda de esperança para o futuro”, e que juntou em Reggio Calábria mais de 1200 delegados, vindos das 227 dioceses italianas.
Durante a eucaristia que abriu o último dia do evento, o arcebispo de Reggio Calábria deixou a “certeza inexorável de que qualquer obstáculo ao bem – ao progresso, à justiça, à legalidade, ao desenvolvimento das ideias – deve ser combatido pela sociedade com os recursos que lhe são próprios, com a Constituição e as leis civis”.
Mas a verdadeira vitória, sublinhou D. Vittorio Mondello, só poderá vir “através da oração, da alegria e da coragem da fé”, dando o mote para uma discussão assente em matérias “terrenas”, mas que nunca deixou de ter presente os ideais orientadores de Cristo.
Lucia Fronza Crepaz, do Movimento para a Unidade dos Focolares, foi quem lançou o debate no plano político, defendendo a urgência de “completar a transição política e institucional sem deixar ninguém de fora, nem os pobres, nem os jovens ou os menos qualificados”.
Coordenando o painel intitulado “Completar a Transição”, Crepaz manifestou-se esperançado de que será possível “dar aos eleitores hipóteses reais, na escolha de uma direcção política e na influência sobre quem governa, de acordo com os princípios da verdadeira democracia”.
Em declarações reproduzidas pelo jornal católico “Avvenire”, o mesmo responsável lembrou ainda que “a limitação do número de mandatos, e a inelegibilidade daqueles que têm problemas com a justiça, podem trazer ao esforço político uma maior gratuitidade”.  
No painel “Cuidar do desenvolvimento social”, Franco Miano, presidente da Acção Católica Italiana, falou sobre a necessidade de se “promover um modelo de desenvolvimento social que combine crescimento com solidariedade”.
Entre os diversos contributos que foram prestados pelos elementos que participavam neste painel, destaque para uma opinião que considerou “a Universidade como a ferramenta decisiva para a promoção do desenvolvimento social, a partir da realidade local". Uma ideia que permitiu chegar à conclusão de que “é preciso repensar o sistema educativo italiano, aumentando o elo entre as universidades e as escolas”, permitindo encurtar, por exemplo, as distâncias entre a comunidade escolar e o mundo do trabalho.
Ainda na área da educação, destaque para a intervenção de Paola Stroppiana, presidente do Comité Nacional da Associação Católica dos Guias e Escuteiros de Itália (AGESCI), para quem é necessário mudar a face da educação católica, dando-lhe maior preponderância na formação das crianças e jovens, apoiando o trabalho das famílias.
Uma mudança que deve ser visível, desde logo, nos responsáveis educativos da Igreja: “Pessoas sólidas, credíveis, fidedignas e significativas, que possam servir de exemplo para os mais novos e para os adultos” sublinhou a responsável da AGESCI, na sessão subordinada ao tema “Educar para o crescimento”.
"Criar oportunidades para encontros" entre as associações eclesiais, "relançar" as escolas de educação para a política, dar maior importância aos meios de comunicação como "fontes de educação informal" foram outros pontos acrescentados pelos participantes, que também pediram para os jovens "espaços educativos para uma cidadania activa”.
No que diz respeito à imigração, Andrea Olivero, presidente nacional da Associação Italiana dos Trabalhadores Cristãos (ACLI), falou sobre a urgência de alterar a lei sobre a cidadania.
"O medo, a rejeição e o preconceito, relativos a quem vem de fora, são ideias que não podem subsistir na comunidade eclesial”, defendeu o líder da ACLI, sublinhado que todos os cristãos, “através de seus pastores, são chamados a ser portadores de boas vindas e de ideais de respeito e de partilha”.
Recordando as palavras de Bento XVI, Andrea Olivero considerou que “o reconhecimento da dignidade da vida do migrante é a imagem explícita de um valor não negociável e uma premissa indispensável para a construção do bem comum”.
Num painel intitulado “Incluir quem vem de novo”, o presidente da ACLI recordou ainda “as mais de 600 000 crianças nascidas em Itália, filhas de imigrantes”, considerando ser vital “reduzir a burocracia perigosa e excessiva do poder discricionário".
Defendendo um novo modelo de inclusão, Olivero propôs ainda o alargamento dos direitos dos imigrantes em matérias como “o voto, pelo menos nas eleições locais, o serviço civil, a participação na Igreja e nos grupos de jovens”.

Fonte: Internacional | Agência Ecclesia | 2010-10-18 | 13:37:51 | 6115 Caracteres | Solidariedade

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