JOVENS POR UM MUNDO UNIDO

JOVENS POR UM MUNDO UNIDO
Movimento dos Focolares

Nós Jovens por um Mundo Unido nos empenhamos, onde vivemos, estudamos, trabalhamos, para responder às necessidades de pessoas e de grupos iniciando atividades e obras no campo social, da cultura, do esporte, da mídia. Procuramos atingir o objetivo de criar, por toda parte “fragmentos de fraternidade”, para chegar ao mundo unido, à paz!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ginetta Calliari: CASEI-ME COM O MAIS BELO DOS FILHOS DOS HOMENS

Ginetta Calliari: CASEI-ME COM O MAIS BELO DOS FILHOS DOS HOMENS

Ginetta às gen 2, jovens do Movimento dos Focolares.
Castelgandolfo, 27.10.1996
(1ª parte)


Então, este encontro foi um pouco improvisado. A nossa Eletta, aproveitando desta minha passagem por Rocca di Papa, disse: Você gostaria de contar a sua história às Gen, às Gen de Loppiano, às Gen da Escola? O que vocês teriam feito no meu lugar?

Eu coloquei-me nas mãos de Deus para não fechar as portas a um pedido que podia ser uma inspiração, pareceu-me uma inspiração. Portanto eu lhes conto a minha história.
Nasci numa família cristã. A minha mãe fazia muita questão de nos formar como verdadeiras cristãs autênticas, ela queria que fôssemos cristãs autênticas, por isso, ainda pequeninas, nos mandava para a doutrina, aos domingos. Talvez estas sejam palavras já superadas aqui, esta palavra “doutrina” não existe mais.
Era o dia de São Luís, 21 de junho, e a irmã que nos ensinava a doutrina, naquele dia falou de São Luís, falou da virgindade. Eu não me lembro do que ela disse, apenas um detalhe: que os virgens, no Céu, teriam cantado um hino, que é definido como “o Cântico dos Cânticos”, um hino lindíssimo. E teriam seguido o Cordeiro (Jesus), por onde quer que Ele fosse, no Paraíso, cantando esse hino. Somente isso.
O tempo passa e com a idade de 16-17 anos eu me lembro deste fato.
Naquela idade pode-se também pensar que nos encontramos diante de uma escolha e me lembrei do que aquela irmã havia falado. Então eu disse a Jesus: «Eu não vou me casar, quero permanecer virgem, porque quero cantar aquele hino que está reservado aos virgens, no Paraíso. Eu quero seguir-Te».
A irmã havia dito também que aquele hino era reservado só aos virgens, aos virgens. Então, dentro de mim, eu disse: «Se é só para os virgens, eu não me casarei, pois quero cantar esse hino». Então eu pensei: quero sair de casa; havia justamente concluído os estudos, poderia dar aula – eu era bastante jovem, porém não gostava da solidão.
(...)
Diante de mim havia três caminhos: o convento – eu nunca tive essa vocação, nem sequer por um segundo na minha vida, sem, porém, desprezar essa vida, eu nunca tive a vocação; a virgindade no mundo e o casamento.
Se me caso, não posso cantar esse canto, portanto, excluí esse caminho. A virgindade no mundo... Eu conhecia uma senhorita e eu sabia que não tinha se casado e nem pensava em casar-se, tinha permanecido virgem, em meio ao mundo e morava em casa, virgem. Mas o modo como se vestia me parecia algo do Antigo Testamento (cores do preto ao cinza, ao bege... azul-marinho), sapatos com cadarços, eu lembro, um penteado estranho... e assim, realmente...Então eu dizia: «Se para permanecer virgens é preciso se vestir assim, pentear-se assim, ah! Eu não consigo... prefiro me casar com dez, mas assim não quero, não quero aparecer assim não...
Entre todos esses caminhos, o mais normal me parecia ser o casamento. Porém, o problema permanecia: se me caso, não posso cantar esse hino.
Mas, vejam, como Deus ama pessoalmente, cada um de nós: parece viver por você, por você, parece que não veja outros além de você, de você, de você, de mim! Um dia eu disse à minha irmã: «Escute, domingo vamos dar um passeio nas montanhas!» – pois eu amava muito as montanhas. Ao contrário de todas as outras vezes (pois ela sempre fazia o que eu queria, aceitava todas as propostas), desta vez me disse: «Olhe, sinto muito, mas não posso». «Mas por quê?» – lhe pergunto. «Porque tenho um compromisso». «Você não irá a esse compromisso, você virá comigo». Ela disse: «Eu não posso, pois já dei a minha palavra». «Mesmo se você já deu sua palavra, você não irá a esse encontro, você virá comigo passear nas montanhas». Então ela disse: «Está bem, mas então você irá dizer a essas jovens que eu não vou, que não participarei da reunião» (pois se tratava de uma reunião). «Sim, eu vou».
Subindo a rua que conduzia a este salão onde se realizaria aquela reunião, eu vejo duas jovens, eu me aproximo – se dirigiam a esse encontro – e digo a uma delas: «Veja, senhorita, minha irmã não participará da reunião de vocês!». Então ela disse: «Está bem».
Algum tempo depois eu soube que aquela jovem era Chiara Lubich. 
Fechemos esta página.

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